terça-feira, 9 de março de 2010

Projeto "Pedal Livre" começa dia 21 na avenida Itapetinga

Em dois meses, programa deve chegar a outras avenidas da cidade, como a Afonso Pena, a Hermes da Fonseca e a Prudente de Morais.

Por Alisson Almeida


Fotos: Elpídio Júnior
Secretário prevê que o projeto chegue a outras vias mais movimentadas.
O projeto “Pedal Livre”, lançado na semana passada pela Prefeitura de Natal, através da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), deve começar para valer no próximo dia 21 deste mês. O programa prevê a implantação de ciclofaixas nas avenidas da cidade como forma de estimular o uso da bicicleta na circulação urbana. A avenida Itapetinga (Zona Norte) vai servir de “experiência” nesta fase inicial. O secretário Kelps Lima prevê que, em dois meses, o projeto chegue a outras vias mais movimentadas.

Ambientalmente correta, a bicicleta é reconhecida como um dos melhores meios de transporte do mundo, por causa dos benefícios à saúde e à boa forma dos usuários, nas viagens de curta e média distância (6 km). De acordo com dados do Ministério das Cidades, há 60 milhões de bicicletas no país: 43,8% (Sudeste); 26% (Nordeste); 14,6% (Sul); 7,4% (Centro Oeste); 8,2% (Norte).

A maioria dos ciclistas (36 milhões) usa a bicicleta para o transporte, enquanto 24 milhões utilizam para o lazer. Enquanto capitais como Rio de Janeiro (140 km) e Curitiba (120 km) têm boa infraestrutura instalada para a prática do ciclismo, Natal tem apenas 12 km de faixa na extensão da Via Costeira – apesar da cidade ser predominantemente plana, o que favorece o uso da bicicleta.



O Plano de Mobilidade Urbana da Semob levantou que são realizadas, em média, 54 mil viagens de bicicleta diariamente em Natal, o que representa 4% de todas as viagens diárias efetuadas na cidade – incluindo desde veículos convencionais até carroças. Ainda segundo os dados da Semob, a capital potiguar está acima da média nacional em deslocamentos com bicicletas, que é de 2,8%.

Kelps explicou que, nas avenidas onde o projeto será implantado, as vias serão adaptadas, com sinalização e estrutura para receber os ciclistas. A ideia é que, com o passar do tempo, essa estrutura seja retirada e os motoristas se habituem a conviver, na mesma via, com as bicicletas.

No primeiro momento, o projeto vai funcionar aos domingos, das 8h às 12h. A Semob vai instalar tendas de hidratação, com distribuição de água mineral para os ciclistas. Os 14 eventos programados vão custar R$ 244 mil aos cofres públicos.

Kelps informou que ainda está estudando os próximos roteiros para instalar o projeto, mas citou a Afonso Pena, a Hermes da Fonseca e a Prudente de Morais como candidatas a receber o circuito. “Temos que tirar dúvidas sobre os cruzamentos, porque a segunda etapa é mais ousada”, disse.

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