quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Paralisação de professores da rede pública começa hoje

Os professores da rede estadual irão paralisar suas atividades durante todo o dia de hoje (16), na Parada Nacional em Defesa do Piso, organizada no Rio Grande do Norte pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte). A paralisação não será apenas dos servidores do Rio Grande do Norte, mas de todos os estados do país que ainda não instituíram o piso salarial de R$ 950 para nível de magistrado, e de R$ 1.152 para graduados.

Desde a semana passada, pais e alunos estão sendo alertados da paralisação, que deve atingir todos os 30 mil professores do estado.

A concentração começará às 13h com apresentações culturais na Praça Cívica. A partir das 15h, haverá uma caminhada até a Praça Sete de Setembro, em frente à Assembleia Legislativa e à Prefeitura de Natal. O encerramento, previsto para as 17h, será com o show político-cultural com Donizeti Lima. No dia 17, as aulas serão retomadas normalmente.

De acordo com Deusdetson Freire, filiado ao Sinte, a paralisação aqui no RN tem uma característica pessoal: protestar contra a falta de compromisso do governo para com as promessas feitas à categoria. "Na última greve que os professores fizeram (em abril) a governadora prometeu o pagamento de 2/3 do valor do piso para setembro e garantiu que o mesmo seria instituído em janeiro de 2010. Só que já estão correndo boatos de que esse pagamento não vai acontecer. Durante os protestos, vamos cobrar pela manutenção da promessa", disse. Esse pagamento seria feito através de uma tabela de quinquênios. Quem trabalha a cada cinco anos, tem direito a uma parte maior. "A medida beneficia a pouquíssimos professores", afirmou Freire.

Mas o titular da Secretaria de Educação do Estado (Seec), Ruy Pereira, afirma que a governadora está mantendo a sua promessa. "O imprevisto aconteceu porque, quando enviamos a folha de pagamento com o valor prometido para a Secretaria Estadual de Administração, fomos informados que um adiantamento desse tipo só pode ser feito através de aprovação de uma lei específica na Assembleia Legislativa. Mandamos então o projeto de lei para a Assembleia, que já está tramitando. A governadora também já assinou a ordem de liberação desse pagamento prometido ainda no começo de agosto. Já conversei com os professores e expliquei a situação", alegou Pereira.


Fonte: Jornal de Hoje

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