quarta-feira, 18 de março de 2009

Feliz 2010!

Dia 25 de dezembro de 2008, o Rio Grande do Norte comemorou mais um dia de vida, apesar das desigualdades sociais em suas ruas. Mas uma vez os temas da violência, da falta de saúde e educação entre outras ocuparam as pautas de toda imprensa local, marcando de forma dolorosa o fim de um ano onde não conseguimos cuidar de nossa terra e de nossos filhos. Um novo ano se inicia um novo governo, novas esperanças. A Prefeita e seus Vereadores fazem seus discursos e afirmam que sua prioridade é o combate as injustiças sociais. Graças!

Não podemos mais errar. A violência, a fome, a educação... Já não sabemos qual o maior problema da nossa cidade e do Brasil. Nossa juventude já nasce viciada em se preocupar apenas consigo mesmo. Nós estamos em guerra constantes, mesmo sem ter armas em punho. As principais vítimas letais desta violência são nossos jovens pobres, negros e moradores dos bairros nobres e favelas. Na violência, também se refletem a desigualdade social e econômica que arrastamos há séculos. “A violência está tão evidente que o tema proposto pela CNBB para este ano é fraternidade e segurança pública. A CNBB está preocupada com o aumento constante da violência – desde a que se verifica nos lares e no trânsito até as formas mais marcantes de criminalidade – tornou-se um dos principais sinais de que precisamos realizar um esforço constante na construção de uma sociedade segura”.

Para 2009 se propõe melhorias, mas, mostra um cenário de mais violência e miséria nas cidades. Não podemos cometer novos erros nem repetir os atuais. Mesmo com todo apelo moral de combate às desigualdades o principal foco do problema é a ausência de políticas públicas para a sociedade como um todo.

O desafio de vencer as desigualdades é de todos. Muito mais do que um caso de gestão política. Nas camadas mais pobres não existe o poder público, não existem escolas, postos de saúde, saneamento, transportes e outros serviços básicos.

Necessitamos de uma política pública de qualidade de vida, para todos e não para manutenção de uma ordem desigual. Para que o ano novo traga vida nova, é necessária vontade política e ousadia para o novo governo. Não bastam novos nomes se a política permanecer viciada. Tem que quebrar esse bloqueio e chamar a sociedade para um debate profundo em defesa da vida.

Espero que 2009 seja um ano de verdadeiras transformações e poder desejar um feliz 2010 de contínua prosperidade e paz.

Rodolfo Alves
ESP. Em Gestão Pública

Nenhum comentário:

Postar um comentário