quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Primeira temporada da gripe A se aproxima do fim na América Latina

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que a primeira temporada mais intensa da gripe suína está em sua fase final na América do Sul e no restante dos países do Hemisfério Sul.

“O inverno no sul do planeta está quase terminando e só mesmo na África do Sul é que os casos (do vírus A H1N1) continuam a se expandir em um ritmo maior”, disse Gregory Hartl, porta-voz da OMS.

Segundo ele, os casos no Cone Sul e Austrália já deram sinais de perder força, depois de assustar principalmente no Chile e Argentina. A região sul-americana passou a ter mais mortes que o México, local que primeiro sofreu um surto da gripe em abril.

No caso africano, a expansão ainda continua porque a gripe teria chegado à região com algumas semanas de atraso em relação aos demais continentes no hemisfério sul.

“Com a perda de força na África do Sul, será então o fim da temporada mais intensa da gripe nos países do Sul. O que vamos ver, portanto, é como a gripe reagirá no inverno que começará em alguns meses no Hemisfério Norte. Estamos entre duas temporadas (de gripe suína)”, disse Hartl.

Segundo ele, o fim do inverno na América do Sul não significa que o número de casos deixará de ocorrer. “Nos trópicos, vamos ver uma atividade do vírus durante todo o ano. Mas ele será menos intenso que nas zonas temperadas”, explicou.

Em pleno verão na Europa, os casos também não pararam de ser registrados, assim como nos Estados Unidos. A previsão é de que esse ritmo nestas áreas aumente ainda mais a partir de novembro.

A OMS tenta acelerar o processo de fabricação de vacinas antes que a gripe suína volte a atingir um número importante de pessoas na Europa e Estados Unidos. Na Ásia, a entidade alertou hoje que não haverá vacina suficiente em um primeiro momento, mesmo com laboratórios chineses prometendo os primeiros produtos já para setembro.

Segundo a OMS, a gripe poderá circular pelo mundo pelos próximos dois anos.

Nos Estados Unidos, um estudo da Casa Branca indica que entre 30% e 50% da população pode ser afetada nos próximos doze meses. No mundo, já são oficialmente 182 mil casos confirmados, com 1 799 mortes.


Fonte: Tribuna do Norte

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