A Copa do mundo é nossa e os problemas também
O anuncio da escolha de Natal como uma das subsedes da copa do mundo de 2014, causou um frenesi a classe política e o povão, comemoramos como se fosse a própria conquista do caneco.
Natal é um dos principais destinos turísticos do país e merece ser escolhida se não fosse tantas calamidades espalhadas pelo estado.
Confesso que fui contra a candidatura de NATAL e que ainda estou com um nó na garganta e muito preocupado quanto há Natal receber o evento mais importante do mundo.
É claro que nós queremos participar da festa, desfrutar dos investimentos e benefícios que a cidade irá ganhar nesse clima de Copa do Mundo.
Os benefícios que o evento trará para o estado são muitos apesar dos questionamentos a respeito da origem de tanto dinheiro. Evidente que um evento como a copa do mundo proporciona uma cadeia de benefícios. E isso é excelente para nós todos. Até mesmo porque os itens obrigatórios para sediar os jogos são coincidentemente os mesmo que Natal mais sofre atualmente sem falar na educação que pode ser a principal vitima por não fazer parte das exigências.
Estamos numa cidade em que o transito não anda, o transporte coletivo é precário, a saúde vive em calamidade, a (IN)segurança como os assaltos ocorrem diariamente em plena luz do dia, não há saneamento básico em 70% da cidade, mesmo com mais de 80 milhões para tal obra sem falar da nossa educação que é a lanterna.
Irei-me despedir do Machadão. O mesmo que será demolido para a construção da Arena das Dunas. Um estádio que há décadas é vitima de obras de maquiagem, onde para fazer xixi é preciso usar um bote de resgate para não se afogar a cada vez que precise usar o banheiro?
Quem não lembra o PAN 2007, em que um estádio foi orçado em R$ 300 mil e custou quase R$ 1 bilhão pagos com o dinheiro do Governo Federal. Aqui mesmo a Ponte de Todos, superfaturada e do Foliaduto que desviou mais dinheiro público do que se possa calcular imaginar com que será erguido o nosso Estádio das Dunas.
Enquanto isso, a CAERN não Fornece água, mas cobra em dia, os postos fecham, mas, os remédios se estragam, a (in)segurança pública e a educação parece não ter uma solução possível.
Sejamos otimistas e que venham os jogos nem que seja entre Togo e Tunísia, ou Trinidad e Tobago e Arábia Saudita.
Rodolfo Alves | Publicitário e Esp. em Gestão Pública
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